Entenda a diferença entre granilite, marmorite e terrazzo

Em notícias relacionadas à arquitetura, no Instagram ou mesmo no Pinterest você já deve ter se deparado com o termo “terrazzo”. Tendência de uns anos para cá, o revestimento não tem nada de novo e você provavelmente irá identificá-lo como aquele que cobria o chão de sua casa na infância. Terrazzo é o nome estrangeiro, incorporado por muitos arquitetos brasileiros, para se referir ao granilite.
Feito a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água, o granilite leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais – até vidro. Com cores e texturas variadas, ele pode ser encontrado em sua versão polida, ideal para os interiores, lavado ou fulgê, onde as irregularidades dos grânulos são mantidas, garantindo uma superfície áspera e antiderrapante, ideal para revestir rampas, escadas e outras áreas externas.

Muitas vezes usados como sinônimos, o granilite e o marmorite tem uma diferença que já dá para desconfiar pelo nome. Apesar de ambos serem feitos a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água, o granilite leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais, enquanto o marmorite utiliza apenas mármore em pó ou fragmentos de mármore na mistura.

Além do charme retrô, esses revestimentos também são conhecidos por sua resistência. Enquanto o mármore se mostra mais poroso e, portanto, requer maiores cuidados, as misturas com granito e quartzo em maior quantidade são extremamente duras. Como podem ser feitos a partir de cacos ou sobras de pisos, o granilite e o marmorite tendem a ser mais baratos que seus precursores, mas a mão de obra especializada para sua aplicação pode diminuir consideravelmente sua economia.

Se a carinha é a mesma, a grande vantagem com relação ao piso da sua avó é o acabamento final. Na versão polida, tanto o granilite como o marmorite recebem uma generosa camada de resina impermeabilizante. Isso restringe sua manutenção a cada 10 ou 12 anos. Além de pisos, eles podem ganhar as paredes ou mesmo as bancadas de cozinhas, banheiros e lavabos.

“Qualquer tipo de situação monolítica é muito bem vinda, principalmente em espaços menores. Se eu tenho o mesmo material no piso e na parede, seja cimento ou granilite, você tem a sensação de que o ambiente se expande. Banheiros todos revestidos são uma boa pedida, só é preciso cuidado para não escorregar”, destaca o designer de interiores Roberto Negrete.